quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Patativa do Assaré- Letícia Miyoshi, nº19

Patativa do Assaré nasceu em um pequeno terreno rural, no município de Assaré (Sul do Ceará) em cinco de março de 1909, sendo o mais velho de 5 irmãos.
Capa do livro: "Cante lá, que Eu Canto cá", de Patativa do Assaré, 1978
Aos doze anos, entrou na escola e ficou lá por apenas 6 meses e, diferente do que se parece, este fato não interferiu o desenvolvimento de seu talento para a poesia, que futuramente lhe renderia obras com reconhecimento nacional.
            Patativa se casou com D. Belinha, tornando-se pai de nove filhos.
            Seu primeiro livro foi publicado em 1956, chamado “Inspiração Nordestina”, recebendo apoio de José Arraes de Alencar, percebendo o potencial que Patativa tinha. Em 1967, foi publicado uma segunda versão do livro, com mais material, chamando-se “Cantos de Patativa”. Depois, coletâneas foram lançadas, como: “Patativa do Assaré: novos poemas comentados”, “Cante lá que eu canto cá”e dois livros chamados: “Ispinho e Fulo” e “Aqui tem coisa".
            Uma característica de seu trabalho, era a grande presença da oralidade, que tornava suas obras marcantes.
Memorial Patativa do Assaré
Patativa do Assaré morreu em 12 de julho de 2002, aos 93 anos de idade e ainda hoje existem vários cordeis e poemas publicados em revistas e jornais e existe um memorial em sua homenagem, preservado no centro de Assaré, chamado "Memorial Patativa do Assaré".








FONTES:
http://www.acampamentoicapui.com.br/noticias/texto.asp?id=39
http://www.tanto.com.br/Patativa.htm
http://www.releituras.com/patativa_menu.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patativa_do_Assaré

Historia da apresentação.

Certo dia,
um Pônei Maldito caiu no mar,
procurando um peixe.

Assim, encontrou Françoá,
e resolveu o amaldiçoar.

Aí, o Pônei Maldito começou a cantar,
e assim, a praguejar,
"lalalalala".

Até que chegou uma estrela do mar,
que se assustou,
e começou a gritar
"Pare, se não vou me borrar!"

No meio de tanta gritaria,
o polvo, mais pra lula,
Lula Molusco,
com seu narigão,
se assustou e saiu correndo,
fugindo da maldição.

(Patrick) - E Françoá, onde está?
(Françoá) - Estou aqui, Patrick, venha me ajudar!

Então, Lula Molusco falou:
(Lula Molusco) - Hey ho, let's go.

Pônei Maldito reapareceu, e falou:
(Pônei) - Vocês não vão escapar vivos dessa!
(Lula) - Não, nós não vamos engolir sua conversa!
(Françoá) - Eu sou Françoá, e dessa você não vai se safar!
(Patrick) - E eu, bom, eu sou eu. E dessa você não escapa, meu!

Depois destas palavras,
Pônei Maldito começou o ritual da morte,
mas com um lance de má sorte, acabou os amaldiçoando com amor e ardor,
ao invés de raiva e rancor.

E assim,
com vergonha e humilhação,
Pônei Maldito sumiu,
chamando a atenção.

Os anos passaram,
e a turma da pesada ainda tentava resolver a parada
do Pônei camarada.

Mal sabiam que a volta do animal racional
estava para acontecer
e num golpe sensacional,
ele voltou a aparecer.

E em palavras sábias, Pônei Maldito voltou a dizer:
(Pônei) - Hey ho, let's go.

Lula Molusco,
reconhecendo a canção,
começa a dançar,
de samba-canção.

Patrick, desconfiado,
começou a gritar:
"Pare, Lula, ele é um desafinado!"

Françoá,
vendo que seus amigos eram uns otários,
começou a perceber o plano do salafrário.

E com trechos da  bíblia,
começa a rezar pela proteção de sua família.

Patrick, percebendo que o pônei queria pregar uma maldição,
alerta Lula Molusco,
por telepatia de seu cabeção.

E Lula Molusco,
com seus conhecimentos de artes marciais,
começa a bater no pônei com jornais.

Pônei Maldito,
tentando se defender,
começou a se debater e,
se confundido com sua maldição,
fez com que se realizasse uma auto-pregação, dizendo:

(Pônei)- Meu Deus, não sei o que estou fazendo!
(Françoá)- Eu sou Françoá e estou indo embora. Revoir (arrevoá)!

Patrick,
vendo a situação, foge para sua casa,
sem proteção.

Só sobrou Lula Molusco,
que com seus conhecimento médicos,
começa a medir a pressão do coração do Maldito Pônei,
salvando sua vida, e curando a ferida.

Pônei Maldito,
muito agradecido, foi embora dizendo:
"Ai minha pata, está doendo".

Após isso,
a Fenda do Bikini se acalmou
e Lula Molusco um bom homem virou.
O que era rancor e mau-humor,
virou puro amor.


Larissa n.16; Léo n.18; Letícia n.19; Rebecca n.29.




Larissa Fraga n. 16

Ilustração do Cordel :

Apresentação dos personagens.


Larissa Fraga- nº 16:

Sou Patrick a Estrela, 
vivo de bobeira.
Não paro de cantar,
então venha me acompanhar.

Letícia Miyoshi- nº 19: 

Sua mãe se chamava Lula,
e seu pai Molusco.
E assim nasceu, um menino muito brusco,
com gentileza mini
na Fenda do Bikini. 

Léo Guarnieri -n°18:

Eu sou Françoá,
um peixe francês.
Eu gosto de nadar, 
por isso não perco a vez.

Rebecca Darakjian- n°29:

My little pôneis é coisa do passado,
agora a moda é,
é ser amaldiçoado. 

Emanoel Araújo - Rebecca n°29


Catálogo Odorico Tavares - A Minha Casa Baiana: Sonhos e Desejos de um Colecionador (pág. 359). Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo, 2005.
Emanoel Alves de Araújo (Santo Amaro da Purificação / BA, 15 de novembro de 1940), escultor, desenhista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Filho de pai cafuzo e mãe mestiça, Emanoel nasceu em uma tradicional cidade baiana, cujo cenário o inspirou para a execução de algumas de suas produções.
Descendente da terceira geração de grandes ourives, ainda novo foi aprendiz de marceneiro do mestre Eufrásio Vargas; aos treze anos trabalhou em linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial do Estado – experiência de grande importância para o domínio da técnica e para a sensibilidade da expressão.
Mudou para Salvador com o intuito de cursar Arquitetura, mas suas constantes visitas à exposições e museus fez com seus planos tomassem outro rumo. Foi quando se matriculou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde teve aulas de gravura com o mestre Henrique Oswald, artista que por admiração queria que Emanuel fosse seu substituto no ensino universitário.
Foi diretor do Museu de Arte da Bahia de 1981 a 1983.
Enquanto morava em São Paulo foi diretor da Pinacoteca do Estado (1992 a 2002), recebeu menção honrosa especial da Associação Brasileira de Críticos de Arte (1999), foi curador e diretor do Museu Afro-Brasil, do qual possuia obras de sua coleção (2004) e assumiu o cargo de Secretário Municipal de Cultura, do qual renunciou poucos meses depois (2005).
Em Brasília, foi membro convidado da Comissão dos Museus (1995) e do Conselho Federal de Política Cultural (1996), instituídos pelo Ministério da Cultura.
No período de um ano – a convite do City College University of New York – lecionou artes gráficas, desenho, escultura e gravura (onde desenvolveu diversos modos para obter peças gravadas, utilizando superfícies de plástico laminado e fórmica).
Realizou várias exposições individuais e coletivas por todo o Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão. Como não podia deixar de ser, recebeu diversos prêmios em todas as técnicas trabalhadas.
Para Emanuel suas raízes (descendente de criativos ourives), sua cidade natal (região tipicamente baiana de infindáveis belezas naturais) e suas idéias de representar o mundo à sua volta (seja sobre o passado ou sobre o presente como a escravidão, a perda da terra para os colonizadores, a presença africana na cultura brasileira e outros tantos fatores) foram de excepcional importância para a execução de seus trabalhos.
As características de suas obras e sua constante aquisição de um vasto conhecimento cultural fez com que suas obras obtivessem o calor e a sensibilidade contidos na população brasileira que nem todos os estrangeiros ou mesmo os próprios brasileiros vêem.
Araújo vem sendo considerado um extraordinário escultor. Suas obras tridimensionais se destacam pelas grandes dimensões, pelos relevos e pela formas integrantes nas edificações urbanas. Seu estilo – mesmo sendo único – dialoga com movimentos artísticos de toda a história, mas sempre com ênfase nos detalhes que descrevem e valorizam as características africanas.
Por amor à arte e à cultura, Emanuel Araújo liderou, uma gigantesca reestruturação na Pinacoteca do Estado de São Paulo (um dos roteiros turísticos culturais da cidade) nos anos 90, transformando o prédio num dos principais museus do país, apto a receber grandes exposições nacionais e internacionais. Agora a Pinacoteca possui dinamismo para maior acesso público; no entanto, essa transformação não se limita apenas ao espaço físico do edifício, mas em seu ideal. Além de um museu, a Pinacoteca é um lugar para quem procura nutrir a mente e o espírito.
fontes : http://pt.wikipedia.org/wiki/Emanuel_Ara%C3%BAjo

sábado, 13 de agosto de 2011

Definição e histórico da Literatura de Cordel- Larissa Fraga nº16

Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.


No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas. A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização. Na segunda metade do Século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre muitos outros. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.







Fontes: Texto
             Imagem