sexta-feira, 27 de maio de 2011

Heitor Villa-Lobos-Léo Paulos Guarnieri

Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, dia 6 de março de 1887. Filho de Noêmia Monteiro Villa-Lobos e Raul Villa-Lobos, desde cedo foi icentivado aos estudos, pois sua mãe queria que ele fosse médico. Mas Raul, seu pai, deu-lhe desde cedo um incentivo musical e adaptou uma viola para Heitor.
Villa-Lobos perdeu seu pai aos 12 anos e começou a tocar violoncelo em teatros, cafés e bailes, interessando-se pelos “chorões”, um dos representantes da música popular do Rio de Janeiro. Em 1913 casou-se com a pianista Lucília Guimarães.
Na Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, Villa-Lobos participou apresentando-se em três dias com três diferentes espetáculos. Embarcou no dia seguinte para a Europa e voltou ao Brasil em 1924. Em 1927 viajou novamente para a Europa, financiado por Arnaldo Guinli. Dessa segunda viagem retornou em 1930, quando realizou turnê por 76 cidades. Realizou também nesse ano a “Cruzada do Canto Orfeônico” no Rio de Janeiro. O casamento com Lucília terminou na década de 1930. Depois que Heitor operou o câncer em 1948, casou-se com Arminda Neves d’Almeida, conhencida como Mindinha, uma ex-aluna, que depois da morte de Villa-Lobos, em 17 de novembro de 1959, em sua cidade natal, se encarregou da divulgação de uma obra monmental. O impacto internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e nos EUA, como pode se verificar pelo editorial que o The New York Times dedicou-lhe no dia seguinte a sua morte. Villa-Lobos nunca teve filhos.
Em 1960, em sua homenagem, o governo brasileiro criou o Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.
Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil. As viagens que fez pelo interior do país (de 1905 a 1912) influenciaram suas composições. Entre elas, destacam-se: "Cair da Tarde", "Evocação", "Miudinho", "Remeiro do São Francisco", "Canção de Amor", "Melodia Sentimental", "Quadrilha", "Xangô", "Bachianas Brasileiras" (nas quais se inclui o famoso "Trenzinho Caipira") e "O Canto do Uirapuru". Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Villa-Lobos

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1465.html

www.luteranos.com.br/101/coral/artigos7.htm

Heitor Villa-Lobos

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Definição de Modernismo no Brasil - Larissa Fraga nº 16

O modernismo brasileiro foi um  movimento cultural que refletiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira no século XX. Comparado a outros movimentos modernistas, o brasileiro foi desencadeado tardiamente, na década de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e do Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras. Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco. Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.






Modernismo no Brasil- Histórico. Letícia Miyoshi, n19

No início do século XX, o Brasil passava por grandes modificações econômicas, sociais e políticas, porém, na área artística, as coisas não iam no mesmo ritmo. Nas academias de arte só era trabalhada a arte acadêmica que estava ligada aos pintores do século passado, diferente da arte trabalhada na Europa, que apresentava muito mais avanços.
Porém, muitos artistas brasileiros estavam em contato com as mudanças que a arte de outros países sofria, fazendo com que o modernismo se desenvolvesse paralelamente ao que estava sendo trabalhado no Brasil.
Isso fazia com que os modernistas ridicularizassem a arte que predominava no Brasil (parnasianismo). Tinham uma nova linguagem e formatos, estavam cansados da semelhança que toda a obra que era trabalhada aqui tinha e, após as viagens feitas para a Europa, os artistas quebraram as regras da arte acadêmica.
A primeira exposição de arte não acadêmica no Brasil foi feita por um artista estrangeiro chamado Lasar Segall em 1913, em São Paulo e Campinas, mas suas obras não causaram grande repercussão, provavelmente por ter avanços que a arte brasileira ainda acompanhava.
Em 1922, também ocorreu a Semana de Arte Moderna, que teve a presença de muitos artistas, como as pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti (que tiveram muita influência no modernismo), entre muitos outros.


A estudante (1915-1916), de Anita Malfatti. Acervo do Museu de Arte de São Paulo.

Abaporu, famosa obra de Tarsila do Amaral, 1928.
  FONTES: http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_no_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anita_Malfatti

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cândido Portinari - Rebecca Darakjian n°29

Retrato de Euclides Da Cunha 1944

Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
  Mestiço - 1934 - Óleo sobre tela - 81x61 cm
Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
A década de quarenta começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque.
Em 1951 uma anistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a I Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava. Desobedecendo a ordens médicas, Portinari continua pintando e viajando com freqüência para exposições nos EUA, Europa e Israel
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos EUA, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram.
Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos direitos autorais das obras de Portinari.
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